22 de junho de 2014

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O milagre das coxinhas

Empresários cariocas faturam alto com rede de lanchonetes em favelas que vende copão de salgadinho a 1 real

por Rachel Sterman | 08 de Janeiro de 2014
Fernando Lemos 
Diogo, Carolina, Juliana e Gabriela: 8 milhões de quitutes por mês

A receita é aparentemente simples: depois de desfiado e temperado, o frango ganha a cobertura de uma massa fina e delicada que vai para a fritadeira até ficar dourada e crocante. Porém, as filas quilométricas em frente às lojas da Mais Coxinhas, com dois endereços no Rio das Pedras e filiais na Rocinha e no Complexo do Alemão, deixam dúvidas do que estaria por trás do sucesso do salgadinho vendido ali. Ao olhar o letreiro com o cardápio, tem-se a primeira pista. A porção, com quinze acepipes do tamanho aproximado de um ovo de codorna e servida em um copão de plástico, custa 1 real. Sim, apenas 1 real. "É um formato pensado desde o início para ser montado em favelas, onde o custo de instalação é mais baixo. Além disso, o preço se torna um grande chamariz, fazendo com que o fluxo de pessoas seja muito intenso", explica uma das sócias, a chef Juliana Salmon. Formada em gastronomia pelo Senac e com passagem pelos bares Meza Bar e Prima Bruschetteria, ela se uniu a Gabriela Meireles, que trouxe a ideia do Espírito Santo, onde conheceu um negócio semelhante. A primeira unidade foi inaugurada em abril de 2013 ao lado de outros dois sócios, a irmã Carolina e o empresário Diogo Noguerol, parceiro de Gabriela em um bufê de festas infantis.



Mesmo com uma margem de lucro pequena, que varia de 13% a 15%, a venda em grandes quantidades é o que faz o negócio prosperar. Mas, para dar conta da demanda e estocar tudo o que precisa ser distribuído diariamente para as lojas, os sócios tiveram de investir também na montagem de uma fábrica, que fica na Muzema, na Zona Oeste. Ali, praticamente todo o sistema de produção é automatizado. Um moderno equipamento, que chega a custar 150 000 reais, é usado para misturar a massa, rechear, empanar e moldar os salgadinhos. Tudo isso em uma velocidade impressionante: por hora, ele tem a capacidade de fazer 18 000 unidades do quitute. A única parte manual ainda é o preparo do recheio. Com 8 milhões de coxinhas produzidas por mês e um faturamento estimado em 560 000 reais, o quarteto não pretende parar por aí. Para 2014, eles planejam abrir mais filiais próprias em outras favelas e expandir a marca por meio do sistema de franquias.

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