6 de outubro de 2010

PV definirá em 17 de outubro apoio no segundo turno

O PV divulgou nesta quarta-feira (6), em São Paulo, que fará uma convenção no dia 17 de outubro, a duas semanas da votação do segundo turno, para deliberar sobre a  posição do partido na disputa presidencial: se apoia Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB).
A convenção será em São Paulo, em local ainda não definido. De acordo com o coordenador da campanha de Marina, João Paulo Capobianco, a decisão será tomada por cerca de 90 delegados com direito a voto na convenção.




Marina Silva disse nesta quarta, em entrevista à rádio Jovem Pan, que a decisão do PV sobre qual candidato apoiar não será unânime. "Em um partido como o PV não tem como imaginar, até pela diversidade que temos, ter um processo unânime, único", disse.
Ela obteve 19.636.359 votos no primeiro turno, o equivalente a 19,33% dos votos válidos, e ficou em terceiro lugar na disputa. Já foi procurada por PT e PSDB, que consideram importante um eventual apoio da candidata do PV.

Propostas
Alfredo Sirkis afirmou que, antes de definição do apoio, o PV pedirá que os candidatos a presidente incorporem as propostas de Marina, mas não haverá exigência de que se incorpore tudo. "Não é ame-o ou deixe-o. Não é faca no pescoço. (...) Evidentemente que vão ter que incorporar grande parte do programa e julgaremos o teor das discussões."
Ele disse que os dois candidatos do segundo turno "não têm programa de governo", em referência ao fato de Serra ter protocolado discursos no lugar do programa e de Dilma ter apresentado um documento do PT e depois substituído o documento por outro sem os pontos polêmicos.
Penna disse que o objetivo é que haja um aproveitamento das propostas. "Fizemos 36 [deputados] estaduais, 15 [deputados] federais. É um momento maravilhoso. Queremos aproveitar o prestígio das urnas no futuro programa de governo dos candidatos."
'Incoerência'
Questionado se será uma incoerência caso o PV apoie um dos dois candidatos, já que Marina disse durante a campanha do primeiro turno que os dois eram iguais, o presidente nacional da legenda respondeu: "Não é só no Brasil. Internacionalmente, também buscamos alianças no campo da social-democracia e [PT e PSDB] são dois campos da social-democracia. [Definir por um ou por outro] não causaria estranheza. (...) Marina reconheceu publicamente os avanços dos 16 anos da social-democracia, tanto do governo FHC quanto do governo Lula."
Os dirigentes também não quiseram responder se terão cargos em um eventual governo, caso decidam pelo apoio a um dos dois candiatos. "Discussão de governo é posterior ao segundo turno. Somos políticos, não futurólogos", disse Sirkis. Ele também evitou dizer se o PV espera que Marina volte a se candidatar em 2014: "2014?  A nossa capacidade de especular não vai tão longe."

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